quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

1840 - O Processo Positivo/Negativo





William Henry Fox-Talbot (Melbury, Dorset, 11 de fevereiro de 1800 — 17 de setembro de 1877) foi um escritor e cientista inglês, pioneiro da fotografia.

Usava a câmara escura para desenhos nas suas viagens. Talbot era um homem bem mais discreto e recolhido que Daguerre. Ele pesquisava a fixação da imagem da câmara escura há muito tempo. Extremamente erudito, com múltiplos interesses investigativos, os seus conhecimentos estendiam-se da matemática, área em que era especialista, às línguas orientais, passando pela física e pela química.

Logo após o governo francês ter anunciado o invento de Daguerre, Talbot reclamou a prioridade do seu invento num informe à Royal Society, chamado “Alguns informes sobre a arte do Desenho Fotogênico, o processo mediante o qual pode-se conseguir que os objetos naturais se reproduzam por si só”. Ao contrário de Daguerre, a publicação desse informe foi privada e limitadíssima, restringida aos colegas cientistas da Academia.

Talbot iniciou suas pesquisas fotográficas, tentando obter cópias por contato de silhuetas de folhas, plumas, rendas e outros objetos. O papel era mergulhado em nitrato e cloreto de prata e depois de seco, fazia o contato com os objetos, obtendo uma silhueta escura. Finalmente o papel era fixado sem perfeição com amoníaco ou com uma solução concentrada de sal. Às vezes, também era usado o iodeto de potássio.

No ano de 1835, Talbot construiu uma pequena câmara de madeira, com somente 6,30 cm², que sua esposa chamava de “ratoeiras”. A câmara foi carregada com papel de cloreto de prata, e de acordo com a objetiva utilizada, era necessário cerca de meia à uma hora de exposição. A imagem negativa era fixada em sal de cozinha e submetida a um contato com outro papel sensível. Desse modo a cópia apresentava-se positiva se a inversão lateral. A mais conhecida mostra a janela da biblioteca de Abadia de Locock Abbey, considerada a primeira fotografia obtida pelo processo negativo/positivo.

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